Por muito tempo refleti se deveria ou não contar a história do meu luto. Cheguei a escrever uma pequena parte em um Blog que eu possuía e divulguei para meus amigos e familiares. Foi bom colocar tudo em palavras porque me ajudou – inclusive – a conversar com os meus filhos sobre a perda do pai de uma maneira honesta. Sempre que a morte do Xande era abordada com o Matheus e a Bia, eu evitava dar maiores detalhes para poupá-los. Na época eu entendia que isso era válido.
Hoje reconheço duas coisas:
1) Que inconscientemente eu evitei expressar a eles a minha vulnerabilidade diante da minha perda, da nossa perda.
2) Que essa minha atitude promoveu entre nós – especificamente nesse âmbito – um afastamento, um luto velado. Ou seja, por anos nenhum de nós processamos a perda como uma família precisa fazer – com união e apoio mútuo. Cada um sentiu do seu jeito, em solidão.
Depois que escrevi e publiquei as partes mais fortes da história, eles tiveram acesso a mim, ao que passei, aos motivos pelos quais eu pequei tanto como mãe e também puderam visualizar com clareza todos os acontecimentos.
É importante ter essa visão panorâmica. Olhar os acontecimentos que te cercam como um expectador, sabe? Eu permiti isso aos meus filhos e foi muito bom pra todos nós.
Hoje trabalho com perdas e superação emocional. Conduzo as pessoas a se refazerem e reconstruírem a sua vida após um grande perda. Utilizo o coaching como metodologia para que esse trabalho de Reforma Íntima aconteça e o Futuro após um grande revés deixe de ser tão assustador.
Para promover nas pessoas a certeza de que é possível dar a volta por cima estou republicando essa história.
Dessa vez o meu propósito é nortear quem está passando pelo que passei ( pelo que todos passamos) para que se conectem com a sua fé e fiquem conscientes de que cada etapa do luto precisa ser vivida e que cada uma delas são superáveis. Cada qual no seu tempo.
O luto de cada um é pessoal e intransferível e, por esse motivo, precisa ser respeitado.
A cura da dor é uma realidade totalmente alcançável.
Se você chegou até aqui é sinal que está em busca de ajudar ou de ser ajudada(o) e eu sou muito grata por você me acompanhar a partir de agora conhecendo esse compacto da minha história.
Com carinho,
Daiana Zarur
Quadro de fotos preparado pela minha filha Bia no meu aniversário de 42 anos (Agosto/2017). Nele foram reunidas as fotos de toda a minha história de vida ao lado do Xande, do Jam e dos nossos filhos.
Abaixo está a sequência do que já foi escrito até o momento:
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3
PARTE 4
PARTE 5
PARTE 6
PARTE 7